07/04/2010

Depois da chuva, aulas suspensas


Cerca de 1,2 mil estudantes de Coronel Bicaco, no noroeste do Estado, tiveram de ficar em casa ontem depois do temporal que atingiu a cidade na tarde de terça-feira. Os alagamentos chegaram a deixar quase mil pessoas desalojadas e destruíram casas de pelo menos 40 moradores. Se não voltar a chover hoje, as aulas devem ser retomadas normalmente nas 12 escolas municipais e uma estadual afetadas.

Na terça-feira, por volta das 8h, caiu granizo no município, mas sem provocar estragos. Depois, começou a chover. Entre o meio-dia e as 15h, a precipitação foi mais intensa. Uma unidade de recebimento de grãos do município contabilizou 180 milímetros de chuva nessas três horas, o que provocou alagamentos do Arroio Faxinal e do Rio Paiol.
Aproximadamente 300 famílias tiveram de sair de casa. Algumas foram retiradas em barcos. Conforme o secretário municipal da Agricultura, Valdir Antunes de Oliveira, os rios subiram três metros acima do nível normal. Com o retorno do sol, no final da tarde de terça-feira, os rios começaram a voltar para seus leitos. Ontem, já estavam de volta ao seu nível habitual.

Estradas do município ficaram alagadas

A maioria das pessoas atingidas voltou ainda na terça-feira à noite às residências, mas algumas tiveram de dormir com familiares. Ontem, o dia foi de limpar as casas invadidas pela água e contabilizar o prejuízo com o que foi levado pela enchente. A prefeitura estima que 40 casas de madeira próximas aos rios tenham de ser reconstruídas. Não houve feridos.

A enchente que assustou a população de Coronel Bicaco trouxe prejuízo também para os estudantes. De acordo com o secretário municipal da Educação, Luiz Emilio Nunes Carpes, o risco de não haver água potável disponível para os estudantes foi o principal motivo para a suspensão das aulas. Aproximadamente 1,2 mil alunos deixaram de ir às escolas. Dos cinco poços artesianos que abastecem a cidade, quatro foram atingidos pela enchente, deixando metade da população sem água potável até a manhã de ontem.

– A chuva foi muito forte e deixou as estradas do interior em condições precárias. Isso também influenciou em nossa decisão de suspender as aulas. Muitos estudantes não poderiam ser pegos pelo transporte escolar e não conseguiriam chegar até a sala de aula – destacou Carpes.

Até o final da tarde de ontem, pelo menos quatro pontos em estradas vicinais permaneciam bloqueados por deslizamentos. Duas patrolas e duas retroescavadeiras da prefeitura trabalhavam para recuperar as ligações entre as comunidades e a cidade

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